Em agosto de 1979, um movimento grevista nacional paralisou uma das principais empresas públicas do Brasil, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O contexto vivido na época era o da ditadura civil militar brasileira, em que se era proibida a livre organização sindical, o direito de associação e mesmo o simples direito de reunião. A política econômica que levou ao maior salto do endividamento externo da história brasileira e a falta de reajustes salariais que causassem o aumento real dos salários fizeram com que, pela primeira vez nos Correios desde o fracasso da luta armada no final da década de 1960 e início da década de 1970, os trabalhadores de diversas categorias superassem a paralisia imposta pela implacável repressão da Ditadura e se organizassem em torno da luta por melhores salários e pela conquista dos direitos trabalhistas. O movimento foi vitorioso, conquistando um reajuste salarial espontâneo de 15%, ao qual se somaria o novo reajuste, de 20%, a partir de 1º de setembro. Em 90 dias, a proposta seria de reajuste em 30%.

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Idealização e Produção: Luta Pelo Socialismo - LPS

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