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Enfermagem realizam ato em BH por melhores condições de trabalho

Enfermagem realizam ato em BH por melhores condições de trabalho

Nesta terça-feira, dia 12 de maio, dia internacional da Enfermagem, profissionais da saúde junto com o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (SINDIBEL) realizaram um ato simbólico, no centro de Belo Horizonte, para protestar contra as quase 100 mortes de enfermeiros (as) no Brasil por contaminação pela Covid-19 e para exigir melhores condições de trabalho para a categoria. Durante o ato, os profissionais da enfermagem, vestidos de branco, levantaram 98 cruzes contendo os nomes e cidade dos trabalhadores mortos pela doença.

A situação dos profissionais da saúde no Brasil é extremamente grave. O número de mortos de profissionais da área já supera as taxas de países como os Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia do novo coronavírus, que segundo um levantamento do NNU (National Nurses United) contabilizou 91 mortes de enfermeiros. Segundo o observatório de Enfermagem do Conselho Federal (Cofen), o número de casos reportados de profissionais infectados em Minas Gerais é de 436, com uma morte confirmada em decorrência de complicações da doença. O documento ainda afirma que, no Brasil, o número de enfermeiros afastados do trabalho devido à contaminação pelo novo coronavírus aumentou cerca de 48 vezes, entre os dias 5 de abril e 5 de maio.

Em Belo Horizonte, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, pelo menos 67 trabalhadores da categoria da saúde se contaminaram com a COVID-19 e 44 casos estão em investigação. Importante destacar que este número pode está subnotificado, uma vez que existem poucos testes sendo realizados no estado.

Este aumento do número de casos entre os profissionais de saúde é o extrato da falta de condições adequadas de trabalho, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), redução do efetivo de trabalhadores, longas jornadas de trabalho etc.

Não há número suficiente de profissionais para os mais de 180 milhões de usuários que o Sistema Único de Saúde (SUS) atende, resultado do desmonte do serviço público. Como não poderia ser diferente, nesta pandemia são os mais pobres os que mais sofrerão com o descaso dos governos burgueses. O sucateamento do SUS e a desvalorização dos profissionais da saúde está custando a vida de milhares de pessoas, inclusive daqueles que estão na linha de frente no combate à pandemia.

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