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Todos à greve nacional dos Correios dia 04/08. A luta é agora!

A partir das 0h do dia 01 de agosto, os trabalhadores dos Correios ficarão sem seu Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), sendo enquadrados apenas nas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foi isto o que prometeu a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), durante a segunda (e última, segundo o próprio Correio) mesa de negociação, realizada na última terça-feira, dia 28 de julho. Isso significa que se não houver muita luta, a partir do dia 01 de agosto, a Empresa irá retirar direitos como os 30% do Adicional de Atividade de Distribuição e Coleta (AADC); fim do ticket nas férias; fim do diferencial de mercado; fim do vale cesta que vem incorporado no ticket; fim do vale cultura; fim do anuênio; fim da licença maternidade de 180 dias; fim do auxílio creche; fim da cláusula que resguarda o motorizado do acidente de trânsito (o motorizado será responsabilizado civil e criminalmente pelo acidente) etc. Isso sem falar no reajuste salarial, que será de 0% (zero por cento).

A campanha salarial deste ano, que acontece em meio à pandemia devido à decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Essa situação escancarou a política do Governo Federal de desmontar os Correios, com o intuito de acelerar o processo de privatização da Empresa. Atacar os trabalhadores por meio da retirada de direitos, “enxugar” a ECT, é primordial para que os planos privatistas sejam levados a cabo. Assim, a luta contra a retirada de direitos histórico, o mínimo para garantir uma sobrevivência digna daqueles que carregam a Empresa nas costas, é tarefa indispensável para todos os trabalhadores. Não há outra saída a não ser construir a maior greve de todos os tempos da categoria, única forma de conseguir impedir a destruição do nosso Acordo Coletivo.

Neste sentido, a última reunião do Comando Nacional de Negociação e Mobilização (CNNM) da FENTECT com os representantes da ECT para tratar do fechamento do ACT 2020/21 não deixou dúvidas: sem uma forte mobilização da categoria não sobrará nenhum benefício no próximo Acordo Coletivo. Portanto, não há o que esperar, a luta é agora! Devemos manter o calendário indicado pelo Comando de Negociação e decretar a greve a partir das 22h, do dia 04 de agosto. Não podemos ficar parados, vendo nosso ACT ser “jogado no lixo”. Trata-se de defender a nossa sobrevivência. Não podemos cair no “conto do vigário” da burocracia sindical, de aguardar a decisão da justiça para depois ir pra luta. Depois do “martelo batido” a burocracia não lutará! Não podemos esquecer que os trabalhadores só estão nesta situação por causa da liminar concedida à ECT pelo STF, que mudou a vigência do nosso Acordo e que onerou ainda mais a categoria com mensalidades altíssimas de um plano de saúde que mal funciona.  Mesmo o julgamento do Pleno do STF só foi agendado depois que os trabalhadores começaram a debater a greve da categoria, o que deixa evidente que somente a nossa mobilização e espírito de luta promoverá mudanças reais. Os trabalhadores dos Correios estão “carecas” de saber que absolutamente nada nos foi dado de graça. Os poucos direitos que nos restam foram fruto de muita luta, de muito suor, de greves, inclusive com demissões de companheiros que até hoje não retornaram.

O SINTECT-MG conclama os trabalhadores a participarem da construção da luta! A Empresa já encerrou seu expediente para as negociações coletivas e vai retirar todos os direitos a partir do dia 01 de agosto, conforme informe dado também em seus “Primeiras Hora”. Não há outra saída! A nossa existência enquanto categoria é o que está em jogo. Ou lutamos ou sucumbiremos.

A partir das 22h, do dia 04 de agosto, é greve geral por tempo indeterminado!

A VIDA VALE MAIS QUE O LUCRO!

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!

FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO!

POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES DA CIDADE E DO CAMPO!