A situação dos trabalhadores dos Correios é cada vez mais exaustiva, reflexo da política de sucateamento da Empresa. A direção da Empresa, em diversas oportunidades, tem deixando de lado os assuntos relacionados à saúde do trabalhador, conforme denúncia que recebemos de representantes da CIPA no CDD Novo Progresso, em Contagem.
Segundo o relatório do Cipeiro, feito ao SINTECT-MG, a primeira reunião ordinária da representação da CIPA, mandato 2019/2020, e a posse dos eleitos na unidade sequer aconteceram. Segundo consta no relatório, quando foram nomeados os trabalhadores para os cargos também foram entregues duas atas para assinar, uma, inclusive, com data retroativa, tentando “justificar” a não realização da reunião.
Além disso, absolutamente TODAS as reivindicações apresentadas pelos representantes dos trabalhadores foram deliberadamente ignoradas pelo gestor da unidade e presidente da CIPA, que informou que os pedidos não caberiam nas reuniões. Porém, as solicitações eram sobre as condições do local de trabalho; denúncia sobre, por exemplo, os ventiladores estragados (que impedem a circulação do ar e a amenização das temperaturas), o que reduziria o risco de proliferação de bactérias e do novo coronavírus; higienizações irregulares e insuficientes, visto que havia apenas uma prestadora do serviço na unidade, sendo humanamente impossível fazer a limpeza adequada do local; troca das iluminações que estavam queimadas ou muito escuras (o que ajudaria a evitar problemas de visão); negativa incessante do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO da unidade etc. Importante destacar que até o início da pandemia a unidade dispunha de extintores vencidos e insuficientes, mesmo a última solicitação que consta na ata da primeira reunião presencial, em agosto de 2019, ao menos oito meses antes da regularização, houve negativa também em fornecer o mapa de risco do setor. Todas as atas de reunião foram, intencionalmente, ignoradas pela gestão da unidade (presidente da CIPA), sendo necessário o protocolo junto à ECT via SINTECT-MG.
Por fim, na última reunião ordinária do mandato, o presidente da CIPA ordenou que o secretário ignorasse, não inserisse, nem alterasse na ATA as várias pontuações levadas pelo vice presidente, que foi eleito pelos trabalhadores, com alegações que a prevenção contra incêndio, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, PCMSO, Plano ergonômico e certificado de aprovação dos EPIs não são de competência da CIPA, demonstrando completa ignorância sobre o papel da Comissão, desrespeito e desinteresse na saúde dos trabalhadores.
Desta forma, o SINTECT-MG, baseado no relatório recebido pelo representante eleito da CIPA no CDD Novo Progresso, juntamente com todas as atas que recebeu durante este período no e-mail, denuncia publicamente os fatos narrados acima e solicita que a ECT cumpra o mais breve possível todas as reivindicações apresentadas nas pautas de reuniões protocoladas por esta entidade sindical junto à Empresa, e que sejam apuradas todas as irregularidades cometidas pela gestão da unidade, além de que a Empresa mantenha as eleições da CIPA para que crie medidas de segurança para os trabalhadores.
NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!
A VIDA VALE MAIS QUE O LUCRO!
SAÚDE DOS TRABALHADORES EM PRIMEIRO LUGAR!