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Novo presidente nos Correios e a velha política. Organizar a luta já!

Na última semana, o novo presidente dos Correios, general Juarez, fez uma declaração afirmando que era contrário aos planos do novo governo, de privatizar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Não podemos ficar iludidos com tal fala. Os trabalhadores dos Correios já passaram por diversas perdas, incluindo o plano de saúde, e já estão bastante “calejados” para não se deixar enganar novamente, como aconteceu no passado.

É preciso analisar com bastante cautela o que de fato está acontecendo com a Estatal, pois os fatos não condizem com o conteúdo da fala do novo presidente, mas com a antiga política em vigor nos bastidores da ECT. Estamos passando por um sucateamento imenso da ECT, onde Agências Próprias estão sendo fechadas para beneficiar as Agências de Correios Franqueadas (ACF’s). Isso sem falar no anúncio, feito em novembro deste ano, que a Empresa fechará o seu setor próprio de Call Center para dar lugar a uma empresa terceirizada, que ficará com toda a estrutura pública já montada pelos Correios. Também não podemos esquecer do fechamento de Centros de Triagem; da extinção do cargo de OTT (Operador de Triagem e Transbordo) e, ainda, de todo o sucateamento da frota de veículos. Está claro que a política principal, já esboçada no período eleitoral, é a de privatizar totalmente a ECT e a única coisa que poderá salvar essa importante empresa pública são os seus mais de 100 mil empregados. Ou seja, somente a mobilização de todos os trabalhadores lutando por um Correio público e estatal poderá enfrentar e barrar efetivamente essa investida.

Com a ascensão da extrema-direita no País, o plano econômico liberal será colocado em prática com mais afinco do que vinha sendo feito. A ordem principal do capitalismo é retirar todos os direitos dos trabalhadores para continuar garantindo sua taxa de lucro. Para isso, vão tentar acabar com qualquer tipo de resistência vinda do movimento sindical e social. O ataque contra as estatais, com vistas às privatizações, irá aumentar numa escala sem precedentes (veja em anexo o planejamento de liquidação de empresas estatais federais controladas diretamente pela União, já publicado no Diário Oficial da União – Decreto Nº 9.589), sendo os Correios e os empregos dos mais de 100 mil trabalhadores os alvos centrais. Estamos, sem dúvidas, na linha de fogo.

O sistema de exploração e de sucateamento das entregas, implantado através do DDA (Distribuição Domiciliar Alternada), é uma demonstração de que os governos burgueses não têm qualquer preocupação com os trabalhadores, tampouco com a qualidade do serviço prestado à população. A ordem é privatizar tudo e entregar o Brasil para o grande capital.

Diante dessa situação, o SINTECT-MG conclama os trabalhadores a se organizarem para que possamos dar respostas, de forma rápida e firme, aos ataques que já estão acontecendo no dia-a-dia. O próximo período será de muitas lutas e a categoria deve estar preparada para o enfretamento. Não existe outro modo de garantir os nossos empregos que não seja a luta real, nas ruas!

A unificação deve começar a partir de um programa mínimo, que leve em sua pauta a luta contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, contra as privatizações e todas as formas de subjugação e rebaixamento das condições de trabalho e vida da classe trabalhadora.