DIA 25 DE JANEIRO (DIA DO CARTEIRO!) 
SERÁ QUE ELE TEM ALGO A COMEMORAR?

Esse profissional que sempre foi muito respeitado pela população, levando inúmeras vezes a ECT a ganhar o título de primeiro lugar em credibilidade no passado, nunca foi reconhecido de fato pela Empresa, apesar de outrora, em termos financeiros, já ter sido mais valorizado. 
Hoje esse trabalhador que passa na sua porta diariamente, faça chuva ou faça sol, infelizmente é uma espécie em extinção. Até a nomenclatura de seu cargo foi mudada para Agente de Correios, mudança feita em conformidade com o (Plano de Carreiras Cargos e Salários) PCCS de 2008. O único impacto que teve na mudança de nomenclatura de cargo foi o aumento expressivo de serviço e funções que podemos desempenhar, sobrecarregando ainda mais os funcionários da Estatal. 
Com a criação do novo PCCS, a empresa transformou o empregado numa espécie de funcionário “bombril”, oficializando o desvio de função, ou seja, um funcionário “mil e uma utilidades”. Desde a década de 90 a ECT vem implementando de forma mais organizada a política de Privatização, abrindo agências franquiadas, reduzindo quase que total a frota própria, época que chegou a ser a segunda maior transportadora logística do país. 
A categoria sempre resistiu através de sua federação e seus Sindicatos, mas com a Reforma Trabalhista, aprovada no governo golpista de Michel Temer e com a aprovação da reforma da Previdência no atual Governo Bolsonaro, o terreno ficou fértil para o sucateamento através da terceirização e consequentemente a privatização. Basta ver que desde 2011 não houve concurso público nos Correios. 
Hoje a Empresa vem ampliando a terceirização através de Mão de Obra Temporária (MOT) e Execução Indireta de Serviços (EIS), principalmente na área operacional. Há uma rotatividade muito grande entre esses contratados por permanecerem apenas um período de seis meses. O plano da ECT para um futuro próximo é eliminar de vez a figura do CARTEIRO, considerando que ela já está preparando há um bom tempo a UBERIZAÇÃO, tornando a entrega mais barata e fugindo dos encargos sociais, para beneficiar a iniciativa privada, entregando uma empresa mais enxuta e barata e, assim, facilitar a privatização.
Portanto é uma questão de vida ou morte, literalmente, lutar contra a privatização para que consigamos manter um CORREIO público e de qualidade para a população brasileira, sobretudo cobrando melhorias das condições de trabalho. Precisamos preservar a imagem desse funcionário tão importante para a Empresa que, além de ser uma espécie de GPS humano, é um símbolo de resistência da maior Estatal em número de trabalhadores atualmente no País.
VIVA O CARTEIRO!
ORGULHO DO POVO BRASILEIRO!
E NÃO À PRIVATIZAÇÃO!