Suspender as eleições, garantir igualdade de disputa no pleito e garantir que os trabalhadores de base possam eleger seu representante!
Vimos à público para denunciar as inúmeras irregularidades que estão acontecendo nas eleições para o Conselho de administração dos Correios. A situação é gravíssima e passamos a explicar:
Essa eleição apresentou seu primeiro sinal de irregularidade quando descobrimos que a base de dados que está sendo usada para realizar o pleito eleitoral, não é a base de dados oficial dos Correios, mas sim a base de dados do Instituto de Previdência, o Postalis. Isto por si só já é uma irregularidade que pode cancelar o pleito, uma vez que a eleição é de uma instituição e está usando a base de dados para votação de outra.
Mas qual é o problema de usar a base de dados de um terceiro para realizar a eleição do órgão máximo de decisão dos Correios, o Conselho de Administração?
Acontece que os funcionários dos Correios que não fazem parte do fundo de pensão (Postalis), não conseguem exercer seu direito legítimo de voto, uma vez que não faz parte do banco de dados do Postalis ou os dados que estão cadastrados neste órgão estão desatualizados, por motivos óbvios. Isso é uma aberração jurídica, pois se a eleição é da Empresa Brasileia de Correios e Telégrafos, porque outra Empresa deve controlá-la? Não faz sentido algum essa situação.
Outra irregularidade é que uma das candidatas, que está no segundo turno, foi do Conselho Deliberativo do Postalis e já teve acesso ao banco de dados que está sendo usado para as eleições em curso, ou seja, o acesso de dados para essa candidata já foi concedido enquanto o outro candidato não teve acesso a estes dados. Não para por aí, pois existem diretores atuais do Postalis fazendo campanha aberta para a candidata, que era do Conselho Deliberativo do órgão que regulamenta e coordena as eleições. Vejam aí que os que deveriam ficar isentos no processo eleitoral, por serem responsáveis pela direção do processo eleitoral, estão tomando parte e fazendo campanha para um dos lados, em detrimento do outro candidato, um ABSURDO COMPLETO. Isso torna a eleição ainda mais injusta, pois o outro candidato não tem o mesmo direito, direito este negado pela tomada de partido e lado dos responsáveis de conduzir e zelar pela imparcialidade do pleito eleitoral. A candidata em questão, inclusive deveria ter sua suspeição declarada pela comissão eleitoral, uma vez que a vantagem que ela tem sobre o outro candidato é muito grande na disputa do pleito, tornando a eleição totalmente desleal com o outro candidato.
Por fim, a direção dos Correios, precisa suspender as eleições imediatamente e chamar novas eleições sobre a base de dados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (matrícula, nome, lotação, CPF) e garantir um verdadeiro processo democrático dando direito à base da categoria de votar. O que está acontecendo é um absurdo e o processo precisa ser interrompido o mais rápido possível, pois são muitas as irregularidades e definitivamente não há democracia neste processo eleitoral. Somente um lado está se beneficiando do acesso à informação.
Suspender as eleições, garantir igualdade de disputa no pleito e garantir que os trabalhadores de base possam eleger seu representante!