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TRAGÉDIA NO CTCE BH: TRABALHADOR DE EMPRESA TERCEIRIZADA CAI DE 20 METROS E FICA EM ESTADO GRAVE

Há pouco mais de duas semanas, 27 de fevereiro, um trabalhador de uma empresa terceirizada que realizava serviços de manutenção e limpeza na cobertura da Quadra de Esporte do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE), em Belo Horizonte, sofreu uma queda de quase 20 metros. De acordo com as informações mais recentes, o empregado foi imediatamente socorrido pelos bombeiros e, até o momento, ele se encontra em estado de saúde que considerado grave.

Este incidente é um reflexo claro das condições precarizadas enfrentadas por muitos trabalhadores terceirizados, que são frequentemente sobrecarregados e submetidos a uma pressão intensa para cumprir atividades penosas e desumanas, muitas vezes sem o fornecimento adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e com uma fiscalização deficiente por parte das empresas contratantes, ECT e terceirizada. Inclusive, nada se fala sobre o acidente e nenhuma medida foi tomada na ECT e pela empresa terceirizada, tudo continua como se nada tivesse acontecido.

A pressa em atingir metas e a falta de suporte adequado são fatores que colocam em risco a segurança de trabalhadores, como evidenciado pelo grave acidente ocorrido na última semana. A terceirização tem gerado inúmeros problemas relacionados à falta de fiscalização, ao não cumprimento das normas de segurança e à desvalorização dos trabalhadores.

O SINTECT-MG já vem denunciando os casos de falta de condições no CTCE e seu entorno desde o fim do ano passado, quando encaminhou a CT/SINTECT-MG 759/2024 para a ECT, até então sem resposta.

A pressão para a execução de tarefas dentro de prazos rígidos, somada à falta de apoio adequado por parte das empresas que contratam serviços terceirizados, gera um ambiente de trabalho altamente perigoso. Este cenário é agravado pela ausência de uma fiscalização eficaz, que deveria garantir que os protocolos de segurança sejam seguidos à risca, uma clara negligência da ECT e da empresa terceirizada.

Além disso, a falta de fornecimento adequado de EPIs, conforme estabelece a legislação trabalhista, coloca em risco a integridade dos trabalhadores. As empresas terceirizadas, que muitas vezes têm seus contratos regidos apenas pelo objetivo de cortar custos, acabam negligenciando aspectos essenciais para a proteção de seus colaboradores. Nesse sentido, a responsabilidade pela segurança dos trabalhadores não é apenas da empresa terceirizada, mas também da contratante, a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), que, em caso de negligência e falta de fiscalização, deve ser responsabilizada.

Nós do SINTECT-MG, nos comprometemos a tomar todas as medidas cabíveis para garantir que a responsabilidade por este acidente seja apurada. Investigaremos a fundo as condições de trabalho, a fiscalização dos EPIs fornecidos, e a sobrecarga imposta aos trabalhadores terceirizados. Forneceremos todo o suporte jurídico necessário para a família do empregado, além de acionar tanto a ECT quanto a empresa terceirizada para reparar o dano causado, fruto de sua irresponsabilidade e negligências.

 

CHEGA DE EXPLORAÇÃO DOS TERCEIRIZADOS!

NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!

POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E SEGURANÇA!