Nos últimos anos, a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) vem ampliando a terceirização em todas as áreas, reduzindo seu efetivo através de programas de demissão incentivada e se negando a realizar Concurso Público desde 2011. Isso sem falar da total falta de preocupação com a higiene, segurança e integridade física dos seus funcionários.
Como consequência dessa política de ataques contra os trabalhadores, ao invés de realizar concurso público, a direção da Empresa vem contratando prestadoras de serviços com mão de obra mais “barata”, uma forma de ampliar a exploração, já que esses trabalhadores não possuem os mesmos direitos, nem garantias – são tratados como “objetos descartáveis” pelos patrões. Isso sem falar na redução do quadro de funcionários de limpeza e segurança, principalmente nos maiores prédios dos Correios. Como se não bastasse, essas empresas terceirizadas ainda vivem “dando o calote” nos seus empregados, se negando inclusive a pagar os salários, benefícios, encargos sociais etc.
O resultado dessa política são as portarias de prédios e agências completamente vulneráveis e o ambiente de trabalho em condições insalubres, parecendo verdadeiros lixões. Esse foi o caso averiguado na Agência Ouro Preto, em Belo horizonte/MG, durante a última visita feita pelo Sindicato. A Agência está sem o pessoal responsável pela limpeza há mais duas semanas. A situação é tão degradante que a própria atendente do setor não aguentou o desleixo da Empresa e se encarregou desta tarefa, que não é sua. Tal situação reflete o sucateamento proposital nos locais de trabalho, cujo objetivo é tentar levar a maior estatal em número de trabalhadores para a privatização.
Nesse sentido, precisamos usar todos os canais de denúncias para que os trabalhadores e a população em geral entendam que estas ações fazem parte de uma operação criminosa contra as estatais brasileiras, para entregá-las à iniciativa privada. Trata-se de um processo de corrupção legalizada contra os interesses do povo brasileiro.
Não às privatizações!
Concurso público já!
Incorporação imediata dos terceirizados aos quadros dos Correios