GREVE DA CONTRUÇÃO CIVIL EM BELO HORIZONTE
UNIFICADA A LUTA: trabalhadores, Federação e os sindicatos da região metropolitana de Belo Horizonte decidiram: É GREVE!
No último dia 17 de janeiro, os trabalhadores da construção civil de Belo Horizonte deram início à greve geral, por tempo indeterminado, para reivindicar direitos básicos, como INPC integral, aumento real de salário e manutenção dos direitos em vigor. A gota d’água para dar início ao movimento paredista foi a paralisação na Arena MRV, iniciada em dezembro do ano passado, que incendiou o movimento.
Após aprovar a pauta de reivindicações, os trabalhadores estão se deparando com a negativa dos patrões de aceitar a pauta e insistem em desrespeitar os trabalhadores, propondo corte nos salários, banco de horas etc. O absurdo é tamanho que o patronato se recusa a pagar o vale-combustível e tem obrigado os trabalhadores “a darem recibo da cesta básica sem as ter recebido, e negando a colocação do selo de controle da cesta-básica na convenção”, conforme declarou o companheiro Magrão durante o ato que marcou o início da greve dos trabalhadores da construção civil. Importante lembrar que esse selo “garante” uma cesta de qualidade padronizada para toda categoria.
Diante da crise mundial, o capitalismo quer jogar o ônus da queda de seus lucros nas costas dos trabalhadores. Com a Reforma Trabalhista, ainda no governo Temer, e da Previdência, com o aval do Governo Bolsonaro, o terreno está propício para ampliar a retirada de direitos. Neste sentido, todas as categorias em campanha salarial estão tendo seus direitos subtraídos. Enquanto os presidentes das gigantes empresas de construção engasgam com camarão e a classe dominante come do melhor, viaja, troca de carro anualmente, o operário paga aluguel, não tem direito à saúde, educação, quiçá esporte e lazer, ainda tem que assistir sua propriedade em condições precárias ser levada pela correnteza das chuvas. Os trabalhadores da Construção Civil perderam a paciência!
Mesmo em plena pandemia esses parasitas de plantão lucraram, e continuam lucrando, quantias exorbitantes. Enquanto isso a categoria convive cotidianamente com os riscos da pandemia, pois precisam andar de ônibus lotado, com condições de trabalho insalubres etc. Os companheiros da construção civil não estão reivindicando nada além do seu direito e merecem respeito, assim como os profissionais da saúde, Correios, educação, transporte, bancários entre outras categorias, que estão na linha de frente, enfrentando a pandemia.
Nós, da LPS (Luta Pelo Socialismo) e do SINTECT-MG, lutamos ombro a ombro com esses guerreiros da construção civil e conclama todas as demais categorias, movimentos sociais, a se juntarem nessa luta, por entender que a classe trabalhadora é internacional e, portanto, dona do seu próprio destino.