O CDD Teófilo Otoni passará a ter apenas 12 distritos de distribuição dos 21 existentes hoje, de acordo com um redistritamento realizado pela gestão da unidade e da GERAE realizado em dias totalmente atípicos, maquiando a real necessidade de mais trabalhadores no setor e ainda sobrecarregando os funcionários diretos e indiretos, que já vivem num ambiente de trabalho precário, com sobrecarga de trabalhos e adoecimentos dos mais diversos tipos, como doenças ortopédicas devido aos pesos de bolsas e DA’s e psicossomáticos, no caso de assédios empresariais constantes e pressão psicológica exercida pelos gestores das unidades para que os empregados “deem conta do serviço”.

Após passar por mais um S.D (redistritamento), realizado em dias atípicos, em que a carga estava baixíssima, tanto de objetos simples quanto de objetos registrados, foi comunicado que dos atuais 21 distritos existentes hoje, haverá apenas 12 distritos no CDD Teófilo Otoni, diminuindo para quase metade dos distritos existentes.

Necessário esclarecer que essa alteração já ocorreu há algum tempo atrás, quando o número de distritos já havia caído pela metade há época. Todos os distritos do CDD Teófilo Otoni têm mais de 4 horas e meia de rua; alguns chegando a ter até 6 horas de percurso, um completo absurdo, com caminhadas extenuantes e mais de 12 km de percorrida em média. Pelo fato da unidade não ter efetivo suficiente para a entrega de todos os distritos, alguns deles ficam parados, o que acaba sobrecarregando ainda mais os trabalhadores que tem que sair em até quatro distritos diferentes na mesma semana, sempre com carga dobrada, triplicada e até quadruplicada.

Os carteiros do CDD Teófilo Otoni, embora tenham entrega matutina, frequentemente são obrigados a voltar a tarde para terminar de efetuar a entrega que não foi possível completar durante o período da manhã e, contrariando os manuais internos da ECT para maquiar a necessidade de funcionários na unidade. Caso a nova mudança prevista realmente ocorra, a realidade será duríssima, onde os carteiros ficarão o dia inteiro na entrega externa, o que é extremamente desgastante e desumano numa cidade como Teófilo Otoni, que além de ter uma topografia com muitos morros, sofre com o calor forte, típico da região e com pouca infraestrutura, principalmente nos bairros periféricos. 

Os trabalhadores da unidade têm denunciado ao sindicato o autoritarismo da chefia que repetidas vezes insiste em obrigar os carteiros a retornarem na parte da tarde para terminar de efetuar a entrega que não foi possível na parte da manhã, e utiliza do EPTC a todo momento para pressioná-los, inclusive com ameaça de abertura de processos administrativos. Em se tratando do EPTC, será ainda mais difícil para os trabalhadores da unidade atingirem a meta de entrega, tendo em vista que os distritos estarão ainda mais sobrecarregados e longos, com mais pontos de entrega.

O EPTC em si já é uma forma de pressão e assédio sobre os trabalhadores, vez que estes são chamados na sala da chefia para dar explicações dos motivos da não entrega, sendo que os motivos já são informados na própria baixa, feita em tempo real, através do Smartphone da Empresa. Os trabalhadores ainda denunciaram que já tiveram o horário de almoço alterado mais de uma vez para que eles pudessem ficar mais tempo na rua, fazendo com que os trabalhadores fiquem 6 horas de trabalho ininterrupto do horário de entrada no trabalho até o horário de almoço, contrariando a obrigatoriedade de intervalo de descanso antes de completada a sexta hora de trabalho, passível de multa para a ECT.

A pressão no setor é tamanha que há denúncias por parte das trabalhadoras que quando vão ao banheiro, logo a supervisora aparece, o que deixa as trabalhadoras desconcertadas, se sentindo assediadas e coagidas. Quanto ao SD (redistritamento), os trabalhadores se perguntam em que consiste este o SD. Quais os critérios adotados realmente? Qual a sua finalidade?

Aparentemente, sua finalidade é aumentar os distritos para maquiar a falta de efetivo gritante na unidade, e sobrecarregar de forma desumana os trabalhadores, além de aumentar a cobrança que já é excessiva sobre eles.  Diante da situação, os trabalhadores do CDD Teófilo Otoni procuraram o sindicato buscando orientação e cobrança de medidas por parte da Empresa que possam assegurar o mínimo de qualidade de trabalho no setor e o fim da exploração e da pressão que estão sofrendo por parte da chefia imediata.

O SINTECT-MG já notificou a ECT e não aceitará qualquer tipo de assédio empresarial a fim de sobrecarregar ainda mais os trabalhadores do CDD Teófilo Otoni ou qualquer outro setor de sua base de atuação, cobramos da ECT ainda uma nova análise de dimensionamento de carga no CDD Teófilo Otoni em dias de carga normal e exigimos da ECT que cessem todos os assédios morais e sindicais praticados pelos gestores das unidades de trabalho da nossa base territorial, além de abertura imediata de concurso público para contratação de novos funcionários, visto que o último concurso público ocorreu em 2011, há mais de 11 anos.

NÃO À SOBRECARGA DE SERVIÇO!

NÃO AOS ASSÉDIOS MORAIS E SINDICAIS PRATICADOS POR GESTORES DA ECT!

CONCURSO PÚBLICO JÁ!

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!