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CDD OESTE - CONDIÇÃO DE TRABALHO INSUSTENTÁVEL

CDD OESTE - CONDIÇÃO DE TRABALHO INSUSTENTÁVEL

Em visita setorial, a diretoria do sindicato se deparou com uma situação deplorável no CDD Oeste, onde os trabalhadores denunciaram em reunião, a gravíssima situação de falta de condições de trabalho, desrespeito e descaso com as cartas simples, que estão acumuladas a vários dias no setor, devido à falta de efetivo nas unidades operacionais Brasil afora. 
Não há condições dos trabalhadores realizarem a entrega de cartas e encomendas nos distritos que estão absurdamente estourados. As cartas são deixadas de lado na unidade para que se garanta a entrega dos objetos qualificados, inclusive denúncias apontam que existem distritos no CDD que estão sem entrega de carta simples a 30 dias, justamente o objeto que nos garante o monopólio postal e ajuda a barrar a privatização dos Correios. A gestão da unidade tenta a todo momento jogar a causa do problema nas costas dos trabalhadores, quando na verdade, o real problema é a falta de efetivo para composição da força de trabalho, já que a ECT realizou inúmeros PDV’s e PDI’s ao longo dos anos e o último concurso foi em 2011. 
Em 2011 haviam cerca de 132 mil trabalhadores na ECT e no último levantamento realizado pela Empresa, havia cerca de pouco mais de 96 mil empregados, ou seja, saíram da Estatal em 11 anos, cerca de 36 mil empregados e não houve reposição destas vagas. Em contrapartida, a carga de trabalho da Estatal aumentou em cerca de 40% na análise global, ou seja, tratamos quase que o dobro de carga com 36 mil trabalhadores a menos, uma situação completamente desumana. 
A distribuição de entrevistas de EPTC para os carteiros virou uma prática comum de assédio aos trabalhadores, já que a referida “entrevista”, não tem serventia nenhuma ou é levada em consideração quando da análise dos resultados da unidade, pois os questionamentos são muito subjetivos, com o intuito apenas de coagir, pressionar e assediar o empregado entrevistado. Devido ao volume da carga de trabalho, quando algum(a) companheiro(a) faz hora extra, este/esta não está recebendo o valor da hora extra trabalhada, intencionalmente por parte da gestão das unidades que não lançam estas horas para pagamento, como parte da política de tentar implantar à força o banco de horas, já recusado por sindicatos e pela FENTECT no ACT 2022/2023. O descaso é tão grande que nem protetor solar está sendo disponibilizado na unidade de trabalho, e o trabalhador acaba sendo colocado em risco por conta da falta de proteção contra o sol. Ressaltamos que o protetor solar no caso do carteiro é um EPI que deve ser obrigatoriamente disponibilizado pela ECT. 
Os companheiros relataram também, que nos últimos anos houve um aumento expressivo de adoecimento físico e mental, muito em virtude de sobrecarga de trabalho, quando das questões ortopédicas, e também pela excessiva pressão psicológica exercida na unidade laboral, decorrente de assédios empresariais impostos pela gestão da unidade ano a ano. Vários trabalhadores mostraram diversos remédios, que estão tomando frequentemente, em tratamento por pressão do ambiente laboral. Não existe clima organizacional a o descaso pela gestão, na unidade, é evidente. 
As reuniões de CIPA não estão acontecendo, mesmo sendo cobradas pelos representantes eleitos. Não há comunicação ou diálogo da gestão e da empresa com os trabalhadores, que buscam informações e esclarecimentos com o sindicato ou com colegas de outros setores.
O SINTECT-MG já encaminhou carta para a Empresa, para exigir uma reunião com a coordenação da ECT, para solucionar os problemas do setor, ainda sem resposta. Estamos aguardando o agendamento da reunião com a Empresa para debater e resolver esses problemas. 
Os companheiros do CDD Oeste não aguentam mais e reafirmaram a disposição de luta caso o problema persista. Uma paralisação da unidade será a saída caso esse desrespeito e descaso com as condições de trabalho continue. 

CHEGA DE DESCASO E DESRESPEITO COM OS TRABALHADORES!
NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!
CONCURSO PÚBLICO JÁ!