Infelizmente a direção da ECT, sobretudo na SE/MG vêm reiteradamente assediando os carteiros e carteiras ao cobrar uma ferramenta que nada mais faz que sobrecarregar e adoecer os carteiros(as), o índice de Efetividade na Primeira Tentativa de Entrega ao Cliente (EPTC). Esta ferramenta é utilizada como uma forma de pressão sobre o trabalhador(a), fazendo com que ele precise sair para entregar o objeto duas ou mais vezes no mesmo dia, após já ter realizado a primeira tentativa e não encontrar o cliente, gerando um aumento dos custos operacionais e tentando maquiar a realidade da efetividade de entrega, que não depende em nada do carteiro(a).
Se o objetivo da empresa é reduzir os gastos, a adoção dessa prática acaba sendo contrária ao seu objetivo, pois ela gera custos extras com o deslocamento do trabalhador(a), que precisa retornar ao endereço para tentar a entrega novamente. Portanto, ao pressionar pela realização de múltiplas tentativas de entrega no mesmo dia, a empresa está incorrendo em custos adicionais e perdendo a eficiência operacional, criando uma falsa sensação de sucesso de entrega, quando na verdade, é uma ferramenta usada para criar condições sobre-humanas de trabalho com um único objetivo assediar os trabalhadores e trabalhadoras.
Ressaltamos que os trabalhadores(as) não podem ser responsabilizados pelo EPTC, pois nos manuais da empresa não está previsto que se deve realizar mais de uma tentativa de entrega no mesmo dia. Ao tentar fazer a primeira tentativa de entrega, o carteiro(a) não tem como saber exatamente o motivo pelo qual o cliente não atendeu, uma vez que a ferramenta de trabalho (o smartphone) não oferece a opção de registrar “carteiro não atendido”. Assim, o carteiro(a) acaba sendo forçado a registrar a opção “ausente”.
A imposição de múltiplas tentativas de entrega no mesmo dia pode afetar negativamente a saúde física e metal dos trabalhadores e trabalhadoras. A insatisfação gerada pela carga de trabalho excessiva e pela pressão para cumprir metas inalcançáveis (prática comprovada de assédio moral) pode reduzir a condição física e psicológica dos carteiros(as), gerando adoecimento em massa e aumentando as taxas de absenteísmo e rotatividade.
Vale destacar que o EPTC tem sido usado pelas gestões das unidades como um motivador para “burlar a regra” e assediar reiteradamente os carteiros e carteiras, pois existem relatos já notificados pelo SINTECT-MG à direção da ECT, sobretudo na SE/MG, sobre a tentativa de maquiar os resultados de entrega da unidade, criando situações em que o objeto sai duas ou três vezes no mesmo dia para entrega e só é registrado uma única tentativa aumentando e muito os custos operacionais onde objetos estão saindo mais que o dobro de vezes previsto em manual da própria empresa.
Não bastasse todas essas atrocidades, os trabalhadores e trabalhadoras agora estão sendo ameaçados pela gestão com risco de notas baixas no GCR o (sistema de avaliação) pois o EPTC será cobrado no mesmo. O intuito da ECT é que os trabalhadores e trabalhadoras fiquem desesperados por conta desse assédio e façam loucuras para entregar os objetos, e tentem adivinhar o motivo de o cliente não ter atendido no endereço de entrega.
Nós não aceitaremos a continuidade desta super exploração dos trabalhadores e trabalhadoras que estão sendo penalizados por faltas de condições de trabalho e de efetivo, que só irá se resolver com a contratação dos novos concursados, o que ainda não ocorreu. ECT, chega de fingir resultados e assediar trabalhadores e trabalhadoras, contratem imediatamente os novos concursados e deem aos trabalhadores(as), próprios e terceirizados, condições dignas de trabalho.
Fim imediato do EPTC. Chamamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras da base territorial do SINTECT-MG a denunciar as práticas de entregas fake que ocorrerem na unidade, não se calem aos assédios praticados por gestões despreparadas e abusivas, denunciem!
NÃO AO EPTC!
CHEGA DE ENTREGA FAKE!
PELA CONTRATAÇÃO IMEDIATA DOS NOVOS CONCURSADOS!