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Plano de Desligamento Incentivado - Golpe Fatal aos Empregados da ECT

A Empresa Brasileiras de Correios e Telégrafos anunciou, na última semana, mais um PDI (Plano de Desligamento Incentivado. Desta vez, serão elegíveis os empregados de todas as idades, independente de serem aposentados ou não, bastando apenas ter mais de 15 anos de empresa. Muitos trabalhadores têm entrado em contato com o sindicato em busca de aconselhamento, pois angustiados com o sucateamento da estatal e precarização das condições de trabalho, desejam se desligar da Empresa para “tentar uma vida lá fora”.

O empregado que se desligar hoje da ECT enfrentará uma cruel realidade no mercado de trabalho. São 26 milhões de desempregados disputando uma vaga de sub emprego no limiar da Reforma Trabalhista. Recentes leis aprovadas no Congresso Nacional formalizam a escravidão, a terceirização da atividade-fim, o contrato parcial e intermitente e a jornada de tele trabalho, rebaixando salários e aumentando a exploração. Fora isto, o Ajuste Fiscal aprovado em dezembro/2016 congelou os gastos públicos por 20 anos, impedindo que as estatais façam novos concursos públicos. Ou seja, o “papo” de sair dos Correios para estudar e passar num novo concurso não cabe no atual momento, pois não haverão mais concursos públicos.

Caso o empregado esteja pensando em abrir uma empresa com o dinheiro do FGTS, basta observar o mercado para desistir, ao contemplar a falência de milhares de empresas que estão fechando suas portas por causa do baixo consumo, recessão e alto nível de desemprego. Não há dinheiro circulando na economia. Metade do orçamento da União está sendo desviado para o exterior para pagar aos banqueiros capitalistas os juros e amortizações da parasitária e nunca auditada dívida pública. Não há investimentos em obras públicas ou infraestrutura, que poderiam gerar empregos. Não há capital de giro. Mesmo os trabalhadores autônomos estão tendo prejuízos ao vender sua mão-de-obra ou mercadorias, sofrendo calotes. O famoso vender “fiado”, no atual cenário econômico, é um “laço em volta do pescoço”. Os profissionais liberais, de igual modo, estão sofrendo com a falta da procura de seus serviços, disputando “no tapa” os clientes.

Quem pensa em fugir para o exterior encontrará a mesma realidade, pois a crise capitalista é mundial. A política da extrema direita de perseguição aos imigrantes só vem crescendo nos países de primeiro mundo, e tende a aumentar ainda mais, já que o desemprego nesses países tem atingido números inimagináveis. Tal situação já pode ser vista na América do Norte e Europa, inclusive, com o reaparecimento de grupos xenofóbicos e nazistas, o que sempre ocorre em períodos de crise.

Para os aposentados, a situação é ainda mais agravante. O empregado que se aposentou pelo INSS sofreu uma fatal redução no benefício por causa do fator previdenciário criado pela EC 20/99, no governo FHC, reduzindo o valor da aposentadoria em até 45%. O POSTALIS acumula um déficit bilionário, já equacionado, reduzindo o valor do benefício em até 30%, percentual que tende a aumentar, zerando o benefício deferido, pois a cada ano, novos rombos são descobertos. Fora isso, a mensalidade do plano de saúde vem aí, através de um golpe patrocinado pelo poder judiciário em conluio com a direção da ECT, redes privadas que comercializam planos de saúde e o próprio governo Temer. Diante de tais fatos, sair dos Correios no PDI, perdendo o ticket alimentação, o plano de saúde e a estabilidade no emprego, é “SUICÍDIO”!

O Sintect-MG orienta os trabalhadores a não saírem no PDI. É preciso organizar uma ampla ofensiva contra a burguesia e seus representantes, defendendo a ECT dos desmandos dos grandes empresários que dominam o mundo e que, para resguardar seus lucros, querem esfolar a classe operária. Apenas a unidade, na luta pelo socialismo, poderá trazer reais mudanças e melhorar as condições de vida dos trabalhadores.

Não à privatização dos Correios!

Não às Reformas Trabalhista e Previdenciária!

Pela unidade dos trabalhadores da cidade e do campo!

Concurso público já!