Companheiros,
A LPS (Luta pelo Socialismo) e o Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais) fazem um alerta urgente e um chamado perante o perigo de mais um golpe dentro do golpe (que já é muito reacionário).
O imperialismo está preparando a imposição de uma ditadura “bonapartista”, de cunho burocrático policial. Uma espécie de reedição do governo de Castelo Branco, sem a presença do Exército no primeiro plano, apesar dele estar presente por meio do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que permite colocar tropas nas ruas. O objetivo é substituir o regime político atual, corrupto é verdade, mas não mais corrupto do que o que virá, e impor os ataques que o governo golpista de Temer não conseguiu aplicar, além de muitos outros.
A situação para os trabalhadores é gravíssima e vai muito além das eleições indiretas e diretas, que, de qualquer maneira, serão muito controladas e os resultados definidos de antemão: os inimigos mais ferozes dos trabalhadores deverão dominar o Congresso, o Executivo e o Judiciário a mando do imperialismo.
É preciso a unidade para nos defendermos. É imprescindível fortalecer a luta a partir das principais categorias nacionais que estão colocadas na mira das privatizações e que terão as datas bases no segundo semestre deste ano. A Categoria dos Correios, por meio da Fentect, deve tomar a iniciativa de unificar essas campanhas.
Os trabalhadores precisam organizar uma luta acirrada contra as privatizações (que implicam em demissões na certa) e o arrocho, e fortalecer os métodos defensivos da classe operária. Devemos pressionar os sindicatos e as principais centrais sindicais, a começar pela CUT, e os movimentos sociais para organizar essa resistência. Inclusive porque as organizações operárias serão atacadas, sendo o objetivo final varrê-las do mapa, como aconteceu na Ditadura Militar, principalmente após o Ato Institucional Nº 5.
A burguesia e o Exército se encontram divididos a respeito dos métodos que devem ser utilizados, principalmente porque têm medo da reação das massas. Mas devido à crise do grande capital, que não consegue mais extrair lucros da produção, o imperialismo impõe avançar numa linha muito mais dura.
A política de jogar os esforços nas “Eleições Já” e na “Constituinte” é o mesmo que entrar num campo de futebol para um jogo com um juiz totalmente comprado pelo time adversário e que muda as regras quando ele quer. Não podemos depositar a nossa confiança no Estado burguês. Essa discussão pode ser feita com mais calma, mas para enfrentar os duríssimos ataques colocados, o tempo é cada vez mais escasso.
Cabe às direções do movimento chamar a unidade dos trabalhadores para a luta direta, sob pena de correrem o risco de serem atropeladas pela reação das bases. Se a unidade dos trabalhadores e ativistas não acontecer, a culpa será das direções burocratizadas. Os trabalhadores não podem aceitar que as direções não mobilizem nem preparem a luta. Neste momento, a tarefa colocada é organizar uma campanha salarial unificada muito forte, pois essa é a única maneira de barrar as privatizações e os demais ataques.
A LPS busca se colocar na linha de frente da luta real contra os ataques, mas não abre mão da sua independência política e da defesa intransigente dos trabalhadores na luta contra os golpistas reacionários, inimigos ferozes da população trabalhadora. A unidade pode empurrar à luta também os estudantes e os camponeses, pois eles, do mesmo modo, se encontram no centro dos brutais ataques.
Por uma frente única dos trabalhadores contra os golpistas!
Direção Nacional da LPS (Luta Pelo Socialismo)
Sintect-MG (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Minas Gerais)