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Carteiro: Profissão de Risco

Além das más condições de trabalho, sobrecarga, mordida de cães, exposição à condições climáticas das mais complicadas (chuvas e sol escaldante) agora os carteiros no Rio Grande do Sul estão enfrentando assaltos a mão armada, quase que diariamente.

Geralmente estas abordagem ocorrem em áreas onde não há segurança alguma a esses profissionais. Na grande maioria senão em quase todas as vezes, os carteiros estão cumprindo suas tarefas sozinhos, com a responsabilidade de conduzir um veículo, e ainda, efetuar a entrega de objetos registrados como: sedex, encomendas e etc. Nesses casos seria importante o motorista estar acompanhado de um carteiro, mas a ECT, mesmo com esse quadro insiste em aplicar o enxugamento do efetivo, não dando importância alguma ao funcionário que está sendo alvo de violência. Se a empresa aplicasse uma politica de segurança e priorizasse a vida de seus funcionários não deslocaria trabalhadores cumprindo as funções de carteiro e motorista ao mesmo tempo. Não há relatos de assaltos quando há dois carteiros junto no veículo efetuando a atividade.

Na última semana de novembro, na zona norte de Porto Alegre, um carteiro só não foi morto com um tiro, devido a um assalto, por que a arma de fogo do assaltante falhou quando apontada para a cabeça de um dos trabalhadores. No último dia 30/11 o Centro de Encomendas Específicas (CEE), na Avenida Sertório, paralisaram suas atividades para reivindicar mais segurança no trabalho.

O que nos deixa mais revoltados é o descaso da empresa com essa situação. Muitos desses riscos poderiam ser minimizados se colocassem no mínimo dois trabalhadores nos veículos, mapearem as áreas de risco, fizessem entregas em horários específicos.

A empresa no intuito de mostrar dificuldades para entrega das correspondências, quando é cobrada pela população, alega o alto nível de absenteísmo (faltas ao trabalho). Mas, muitos trabalhadores são afastados pelos traumas psicológicos causados por assaltos a mão armada. Mesmo assim a empresa deixa de emitir a Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT).

Temos que dar um basta nesta situação e exigir garantia de segurança à saúde física e mental dos trabalhadores.