A campanha salarial dos Ecetistas deste ano foi antecipada devido ao fim da ultratividade. Tal regra garantia a prorrogação de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva, depois do prazo de sua vigência, até que um novo acordo fosse assinado. Esta é a primeira Campanha Salarial que os trabalhadores dos Correios realizam após a aprovação da Reforma Trabalhista e, por isso, a categoria terá que encarar a situação de forma firme para impedir os ataques que estão reservados para os trabalhadores.

As propostas de alteração do ACT apresentadas pela ECT na mesa de negociação são todas de retirada de direitos conquistados, ameaçando inclusive o Ticket que garante a alimentação das famílias dos trabalhadores. A direção dos Correios também propôs a adequação à Reforma Trabalhista no que diz respeito à jornada intermitente e demostra claramente a intenção de implantar o famigerado Banco de Horas.
Essa, sem dúvida, é uma das campanhas salariais mais difíceis que a categoria já enfrentou e será preciso uma luta convicta e organizada para impedir que direitos já conquistados sejam arrancados. Está claro que os ataques são muitos e a ofensiva contra os trabalhadores e sua organização sindical se agrava a cada dia devido a intensificação da crise capitalista no Brasil e no mundo. 

O sindicato é o legítimo representante dos trabalhadores e sindicalizar-se é forma de ajudar na luta para manter direitos já conquistados e também para ampliá-los. A Reforma Trabalhista, com a ajuda da justiça burguesa, eliminou uma das principais fontes de financiamento da luta que era o Imposto Sindical. O objetivo é enfraquecer os trabalhadores, pois é dentro dos sindicatos que a classe operária se organiza para defender seus direitos. Para que um sindicato seja forte e tenha poder, é necessário que o maior número de trabalhadores seja sindicalizado.

Sindicalizar-se não diz respeito apenas ao apoio financeiro à luta, mas também demonstra que os trabalhadores confiam na entidade que os defende. Uma participação efetiva faz toda diferença nas lutas que são travadas pela categoria, ainda mais quando as questões estão relacionadas às condições salariais e de trabalho. Nenhum dos direitos que os ecetistas têm hoje veio de graça, eles foram conquistados através de lutas vigorosas.

O enfraquecimento da representação sindical dos trabalhadores fortalece o patrão e justamente por isso as empresas tentam de todas as formas desestimular a sindicalização. Mesmo motivo pelo qual a Reforma Trabalhista pôs fim ao Imposto Sindical: fortalecer os patrões na sua jornada rumo à nova escravidão da classe trabalhadora, através dos projetos de terceirização e até quarteirização.

A direção do SINTECT-MG chama todos os trabalhadores da sua base de atuação a se sindicalizarem e a fortalecer a entidade e, consequentemente, a luta em prol dos direitos e do emprego.

Não fique só! Filie-se ao SINTECT-MG.