A Direção da ECT, em mesa de negociação, propôs 1,58% de reajuste salarial sobre o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Hoje, esse valor sequer recompõe o poder de compra dos trabalhadores.
A proposta de reajuste apresentada, além de não recompor a inflação do período, representa um ataque gigantesco aos trabalhadores de todo o País. Depois de implantar mensalidades absurdas no plano de saúde, que retirou até 25% dos salários dos trabalhadores, a direção da ECT apresenta um rebaixamento ainda maior para os salários da categoria. Isso tudo, somado ao “desaparecimento” misterioso de bilhões de reais do Postalis, retira dinheiro do bolso dos trabalhadores e vai causando um sentimento de indignação em toda a categoria.
O presidente dos Correios, Carlos Fortner, apresentou pessoalmente o REAJUSTE NEGATIVO e ainda afirmou que isso “é o que os Correios têm para hoje”. A proposta da ECT representa um “aumento” de R$ 26,02 no salário base de R$1.646,84. Isto não dá sequer para recompor o poder de compra dos salários dos últimos 12 meses.
Repudiamos veementemente a “PROPOSTA NEGATIVA DE REAJUSTE” e deixamos claro que os trabalhadores não aceitarão este ataque.
Além do reajuste negativo, a ECT já vinha apresentado, já na primeira semana de negociação, uma série de propostas retirando direitos dos trabalhadores e reduzindo o poder econômico da categoria. Foram elas:
* Retirar o Vale Cultura e acabar com o mínimo de acesso à cultura que os trabalhadores e suas famílias ainda têm;
* Retirar o vale extra (peru) que reforça a ceia de Natal dos trabalhadores e suas famílias. Como nosso salário é uma miséria, o vale extra ajuda muito neste período.
* Retirar o ônus para a ECT nas liberações de dirigentes sindicais, dificultando ainda mais a organização sindical entre os trabalhadores;
* Excluir a cláusula que trata do Postalis e abandonar os trabalhadores à própria sorte em meio a todos estes "rombos" no fundo de pensão. Obrigaram e coagiram todos os trabalhadores a entrarem no Postalis, roubaram-no e agora não querem nem debater o problema. É muita “cara de pau”!
* Alterar a cláusula sobre o desconto assistencial para dificultar o financiamento da luta e assim enfraquecer os sindicatos. A ECT, em mesa de negociação, reconhece o ACT vigente com os prazos estabelecidos. Porém, a orientação da Diretoria Regional de Minas Gerais descumpre o ACT, dando outras orientações para os trabalhadores.
* Aumentar os valores de compartilhamento dos tickets alimentação e restaurante para rebaixar ainda mais o poder de compra dos trabalhadores como fizeram com a implantação das mensalidades no plano de saúde. De ação em ação a ECT vai rebaixando o salário dos trabalhadores.
Diante da situação, o SINTECT-MG convocou uma assembleia, realizada no último dia 19, onde os trabalhadores rejeitaram essa “piada de mau gosto” que a ECT chama de proposta, aprovou o estado de greve e reafirmou a greve da categoria para o próximo dia 07/08/2018, a partir das 22 horas, para lutar contra este ataque. Precisamos aumentar a mobilização, pois a única saída para os trabalhadores é a sua união e luta.
Todos à assembleia para mobilizar à greve!
Dia 31/07/2018 - 19 horas
Praça Afonso Arinos - BH