Este mês começou a preparação para a mudança de cargo dos OTT’s (Operador de Triagem e Transbordo). A alteração proposta pela direção dos Correios passa por acordos individuais, feitos à revelia do Sindicato, visando implementar a Reforma Trabalhista na “marra”, desrespeitando, inclusive, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Numa clara política de abrir espaço para a terceirização total do setor de tratamento de cartas e encomendas, a direção da ECT está convocando os trabalhadores para realizarem os exames médicos e serem enquadrados em um novo cargo, efetivando a mudança dos contratos de trabalho.
O Sindicato considera que este é um ataque proposital, orquestrado pela Empresa que, ao fechar postos de trabalho, contribui para a precarização das relações de trabalho, acompanhando a política da Reforma Trabalhista que foi aprovada no ano passado. Trata-se de uma manobra para reduzir direitos e continuar a política de terceirização nesta área, que sempre foi muito controlada pela direção da ECT por ser um setor estratégico da Empresa.
A direção dos Correios tenta enganar os trabalhadores afirmando que o acordo individual de trabalho (feito diretamente entre patrão e empregado), que promove a alteração do contrato de trabalho, seria uma “ótima oportunidade” para estes trabalhadores. Está claro que os patrões estão querendo abrindo esse canal de negociação individual usando as prerrogativas de retrocesso na legislação trabalhista aprovada na famigerada Reforma Trabalhista. Todo mundo sabe que a força dos trabalhadores está na sua união. Sozinhos seremos esmagados pelo patrão, que, no “mano a mano”, tem mais poder de fogo. A divisão é uma tática muito conhecida, cujo único favorecido é o governo e a direção da Empresa.
O Sintect-MG é totalmente contrário aos acordos individuais de trabalho e alerta para que os trabalhadores estejam atentos ao verdadeiro objetivo por detrás dessa manobra que, entre outras coisas, visa a precarização das relações do trabalho. O que está em jogo é a privatização dos Correios e a demissão de milhares de trabalhadores em todo o País.
Diante da imensa crise econômica mundial, os grandes capitalistas (donos dos meios de produção) vão querer “arrancar o couro” da classe operária, principalmente dos países mais pobres. Isso passa, necessariamente, pela retirada de todos os direitos conquistados, pela terceirização em massa e, principalmente, pela privatização de várias estatais, como é o caso dos Correios.
Neste sentido, o SINTECT-MG conclama os trabalhadores que estão com seus cargos ameaçados para que atendam ao chamado de luta contra a extinção dos cargos, que significa a precarização das relações de trabalho, e também contra a Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência (fim da aposentadoria) e qualquer tentativa de entrega das estatais através das privatizações.
Não aos acordos individuais que visam à extinção dos cargos!
Não à privatização dos Correios!
Não às Reformas (Trabalhista e da Previdência)!